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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Ser professor

Uma vez pensei em ser um professor, talvez pelo fato que minha mãe era professora, fez então o curso de Licenciatura em Ciências Com Habilitação em Matemática (curso já extinto) na UERN, concluido em 1993 com colação de grau em janeiro de 1994. Fez, então dois concursos na UERN para professor, um creio que em janeiro de 1994 e outro em agosto de 1994. No primeiro não obtive pontuação para aprovação e só no segundo vieram os bons resultados. Desde lá sou professor, profissão que escolhi. Para mim ser professor é um facínio, eu me divirto ensinando aquilo que aprende com os meus mestres, com os meus livros e com minha esperiência. Mas infelizmente, esta profissão vem perdendo sua importância, os salários são inferiores a de muitas categorias que exigem nível superior e até mesmo nível fundamental e médio, principalmente, os professores responsáveis pela educação de base. O município e o estado, os maiores empregadores da categoria pagam salários muito abaixo da média. Por esta razão, bons licenciados está ficando cada vez mais raro, uma vez que os que procuram a educação são em geral pessoas que não conseguém sucesso em vestibulares para outras áreas e, portanto, veêm nas licenciaturas uma saida. Uma classe cada vez mais desfavorecida procura os cursos na área das licenciaturas e os de classe mais elevada, os cursos que não são de licenciaturas. Muitos não com o objetivo de ensinar, mas de fazer concursos públicos em outras áreas mais promissoras que só exigem a graduação não importando em que. Daí, o desinteresse total por algumas componentes curriculares do curso que não são cobrados nestes concursos. Neste caso terminam seus cursos de qualquer modo ou valorizando apenas aquilo que é interessante para eles e muitas vezes se tornando pécimos professores, aqueles que só sobrou a sala de aula. O ensino cai de produtividade e gerações e mais gerações são prejudicadas. É interessante ser professor? Sem dúvida que é uma profissão desvalorizada, mas muito bonita e formadora da sociedade, uma sociedade instruida é uma sociedade rica. Por quê não investir na educação? Não sei, certamente para alguns grupos quanto menos instruida for a população melhor e com isto se justifica o grande número de pessoas sem instrução alguma, ou com pouca instrução. Até onde vamos com este tipo de pensamento? Com certeza ao fundo do poço, precisamos mudar e respeitar mais os nossos educadores iniciando com uma política salarial séria e de valorização do profissional e mais recursos para sua melhoria como profissional, promovendo os cursos de Especialização, Mestrado e Doutorado qualificando assim seu corpo docente em todos os níveis. Isto já ocorre com os professores universitários, mas devemos extender esta oportunidade para os nossos professores do ensino fundamental e médio.